30. Pó.

( ... )
Quando acordei, estava dentro de um pequeno armazém que cheirava a rato morto. Estava com as mãos presas, encostada a uma parede. Estava um homem a andar aos zigue zagues à minha frente. Era magro, um pouco alto, mas não demais.

( Eu ): Ouça lá, mas qual é a sua de me ter feito isto? - perguntei. Ele parou de andar aos zigue zagues e respondeu.
( X ): Tu conhece-los.
( Eu ): Conheço quem?
( X ): Aqueles cinco rapazes.
( Eu ): Ah, os trogloditas?
( X ): Quem ? - ele aproximou-se de mim . - Tu conheces aquela banda famosa. Eu solto-te se fizeres uma coisa.
( Eu ): O quê?
( X ): Quero mil euros.
( Eu ): Mas você está a dizer que eu só valho isso ? Ai, que não estou a gostar da conversa. Eles não lhe vão dar nada. Eu nem sou amiga deles. - disse.
( X ): Não me mintas, garota. Eu quero mil euros, ou algo de mal te acontece. Passa já o número deles.
( Eu ): O senhor está a gozar comigo, certo? Não tenho o número deles e nem os conheço. - menti. - ele deu-me um estalo.
( X ): Dá-me o número deles.
( Eu ): Você não me bate, ouviu? - disse, levantando-me com algum esforço.
( X ): Bato se me apetecer. Queres sofrer, não é? - dei-lhe um pontapé naquele sítio e tentei sair dali o mais depressa possível. Ainda andei à procura da porta. Quando a abri comecei a correr feita louca para voltar para ao pé deles. Mal vi o Zayn, gritei feita maluca.
( Eu ): Zayn, Zayn!
( Zayn ): Que foi? Porquê estás atada?
( Eu ): Desata-me rápido. - à medida que ele desatava eu contei a história.
( Zayn ): Tu gostas muito de pontapear as pessoas no material, não?
( Eu ): Sim, por acaso sim.
( Zayn ): Mas achas que ele vai vir atrás de ti?
( Eu ): Sei lá. Ele quer dinheiro.
( Zayn ): Nós damos.
( Eu ): Estás maluco ?
( Zayn ): Só são mil euros ..
( Eu ): E ... ? Não quero que isso aconteça.