sábado, 6 de julho de 2013

Save you tonight #20

Antes que ela fosse lá para dentro, agarrei o seu braço gentilmente e esperei que os outros batessem a porta para que eu pudesse falar com ela sem dar muita "bronca".

- Podemos falar? - ela fez uma cara não amigável e deu sinal para falar. - Eu juro que tentei não falar nisto, mas simplesmente não consigo. Eu beijei-te. E não vou mentir, eu gostei. Imenso até. Não estou a dizer que estou completamente apaixonado por ti. Mas, por alguma coisa, eu quero saber que gostaste. - ela não dizia nada, só estava a olhar para mim. - Então? Não disses nada? Preciso de uma resposta.

- Não há nada para dizer, Harry... agora tenho de ir. Não quero que a Danielle fique à minha espera. Não gosto de esperar nem de fazer esperar. - ela tirou bruscamente o seu braço da minha mão.

- Estás a fazer-me esperar neste exacto momento... - ela não disse nada e foi lá para dentro. Soltei um leve suspiro e entrei também. Ao entrar, já sentia os olhares da Trish. Já sabia que ela ia perguntar alguma coisa, mas antes que o fizesse assenti negativamente com a cabeça. Ela percebeu porque fez uma cara triste. Sentei-me ao pé do Zayn que estava orgulhosamente a dar miminhos à namorada.

- Danielle, isto tem quartos? - perguntei-lhe, fazendo com que ela parasse de fazer o que estava a fazer.

- Não.. só uma casa de banho. Porquê? Estás a sentir-te bem? - eu assenti com a cabeça. - Então para que querias um quarto.

- Eu não quero nenhum quarto, mas os pombinhos aqui ao lado é que precisam de um. - disse, apontando para a Trish e o Zayn. O Zayn deu uma pequena palmadinha no meu ombro, rindo-se.

- Pedimos desculpas se te estamos a incomodar. Tu quisseste vir, já sabias o que ias aturar, mano.

- Já estou arrependido de ter vindo, para dizer a verdade. - disse, olhando para a Sarah. Esta encolheu os ombros e ligou o rádio.

- E 1, 2, 3. - disse a Danielle, começando a dançar logo de seguida. Notava-se que a Sarah a tentava acompanhar, no entando, não estava a conseguir. A Danielle desligou o rádio. - Estás a ter dificuldades?

- Só um bocado, mas talvez é dos saltos. - esta respondeu.

- Talvez fosse melhor tirá-los. Danças descalça. Ao sentires que te sentes bem o suficiente para dançares com os saltos, calça-los. - disse a Trish. A Danielle assentiu com a cabeça, como que se estivesse a concordar.

- Não, eu prefiro dançar já com eles. - a Danielle encolheu os ombros e voltou a ligar o rádio. Começaram as duas novamente a dançar, e quando ambas tentaram saltar, a Sarah caíu. - Está a doer! - disse ela, pondo a mão no tornozelo. A Trish levantou-se com dificuldade e foi ter com ela. Apalpou-lhe o tornozelo.

- Acho que o torceste. Terás de ir ao hospital, se não isso tornar-se-à mais grave. Danielle, tens de a levar.

- Eu não trouxe o carro. Vim a pé. - respondeu.

- Eu levo-a. - disse, fazendo com que os outros se afastassem. - Zayn, abre-me o carro. - disse, dando-lhe as chaves. Peguei na Sarah e dirigi-me para o carro.

******

- Devias mesmo ter seguido o conselho da Trish. Sabes que é uma especialista. - disse, enquanto dirigia para o hospital.

- Não preciso de um sermão neste momento. - não respondi. Ela soltou um pequeno gemido causado pela dor.

- Dói muito? - ela assentiu. - Põe isto na zona onde te dói. - dei-lhe um garrafa de água que estava geladíssima. - Acho que faz diminuir a dor.

- Obrigada. - sorri-lhe, mas ela não fez nada.
                                                                  *******

- Sim, você torceu o tornozelo. - disse o médico após ter feito um exame. - Terá de ficar uma semana com o gesso. E convém não voltar a dançar outra vez de saltos sem antes ter a certeza que se consegue equilibrar neles. - soltei uma pequena risada que aparentemente a enervou.

- Eu sempre andei de saltos. Sei-me equilibrar neles. Mas a coreografia que eu estava a ensaiar continha um salto e caí. Foi a primeira vez.

- Mh, de qualquer das formas, uma semana com moletas e gesso. - ela assentiu e levantou-se, apoiando-se nas moletas. - Antes de irem, pode assinar este caderno? A minha filha adora-o. - disse, apontando uma caneta e um caderno para mim. Assenti com a cabeça e assinei. - Muito obrigado, faça questão de ver se a paciente recupera rápido.

- No que depender de mim, não se preocupe. - sorri.

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- Quero falar com os teus pais. - disse-lhe ao estarmos a caminho de sua casa.

- Eh.. porquê? - olhei rapidamente para mim como se estivesse a dizer alguma asneira.

- Quero dizer-lhes o que aconteceu. E dizer tudo o que o médico nos disse.


- Pois, mas eles não estão em casa. Nem vão estar até à próxima semana, por isso parece que estás com azar. - parei o carro rapidamente.

- Isso quer dizer que ias ficar sozinha em casa? - ela assentiu com a cabeça. - É que nem penses. Não te vou deixar sozinha. Vens para minha casa. - a cara dela foi bastante engraçada, mas tentei não me rir.

- É que tu só podes estar maluco. Agradeço-te imenso, mas não vou passar uma semana em tua casa. És praticamente um estranho. - carreguei no pedal para avançar, não dizendo nada. Ao chegar a casa dela. Parei o carro.

- Sai. - disse, seriamente.

- Escusas de ser assim.

- Sai, Sarah. - ela com algum esforço saíu do carro. - Só uma pequena pergunta, costumas beijar estranhos frequentemente? - ela ficou espantada. Não disse mais nada e segui com o meu caminho.

2 comentários:

  1. Harry! meu deus, que rude rapaz ahaha, depois anda pedir conselhos que vais ver ahaha, não consigo parar de rir com o "costumas beijar estranhos frequentemente?" porque estou a imaginá-lo a dizer isto, omg
    adoro isto, a sério!
    love you; Trish .x

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  2. está mesmo altamente, publica mais depressa por favor :)

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